Ator falou sobre a doença, sexualidade e polêmicas à revista "Época"
FRonte: IG Gente
Diagnosticado em agosto de 2011 com um tipo raro de câncer na medula, o linfoma, Reynaldo Gianecchini, 39 anos, diz que não tem mais a doença. O ator revelou as boas novas em entrevista à revista “Época” desta semana, na qual disse que se sente curado -um exame de imagem realizado na última semana mostra que ele não tem mais o linfoma em seu corpo.
“A operação de medula para mim foi um renascimento. Meu transplante é um pouco menos cabeludo do que os que se fazem com a medula de outra pessoa, quando pode rolar uma rejeição. Eu super me aceitei (risos). Meu transplante foi nada mais que uma quimioterapia muito pesada. Eu sabia que seria duro, mas não tinha noção”, contou ele, explicando que está com o organismo muito sensível por conta do tratamento – “ainda estou sujeito a pegar qualquer bactéria. São seis meses de acompanhamento mais profundo. Na verdade, são cinco anos de acompanhamento”.
Preparando-se para voltar ao trabalho em março, no dia 13, com a peça “Cruel”, em cartaz em São Paulo- “gravações de novela os médicos liberaram só a partir de junho”-, Gianecchini conta que a notícia do câncer, em agosto de 2011, “foi uma rasteirinha”. Na época, o pai do ator, também Reynaldo Gianecchini, estava com um avançado câncer no pâncreas, e morreu dois meses depois. “Pensei: como vou falar isso para minha mãe, se o marido dela, meu pai, está com câncer terminal?”.
Gianecchini, que disse que a doença o fez “voltar para o sentido real da vida” e que a ideia de encarar o morte o levou pela primeira vez pensar em ser pai, abordou na entrevista temas polêmicos, como as especulações sobre sua sexualidade e de que, na verdade, estaria com Aids. “Já fui invadido com tantas mentiras absolutamente infundadas. Fui dado como morto”, contou. Veja os destaques da entrevista.
MEDO DA MORTE
“A gente devia viver sempre com a certeza de que amanhã a gente pode morrer. Tanta coisa fica tão pequena, tão sem valor diante da possibilidade da morte. Decidi viver o presente, que é maravilhoso, sem passado e futuro”.
BOATOS SOBRE A AIDS
“Eu não poderia jamais fazer o tratamento agressivo que fiz se tivesse aids. Primeiro chequei todos os vírus, todas as bactérias, para depois chegar ao câncer. Por isso posso dizer com toda a alegria do meu coração para quem se preocupa realmente comigo: “Eu não tenho aids”.
SEXUALIDADE
“Cada um tem sua sexualidade. Nunca tive uma história com um homem, nunca fui casado com um homem, nunca tive um romance com um homem. Mas a sexualidade, ou a sedução, é outra coisa. A gente é sexual no dia a dia sem transar”.
ESPIRITUALIDADE
“Não acredito que alguém vá colocar a mão na minha cabeça e me curar. Mas acredito em outras vidas, na reencarnação. E que é sempre para melhorar que voltamos”.
A MULHER IDEAL
“Quando as pessoas criticavam e preferiam acreditar que eu era gay por estar com uma mulher mais velha que não era “a gatinha”, eu falava: ‘Vocês não entendem nada do que é uma mulher sexy, ou têm outro conceito’. Tenho muita dificuldade em levar uma relação com uma pessoa que só tenha uma bundinha e um peitinho”.
PATERNIDADE
“Mas é verdade que, depois de encarar a morte, minha doença e a do meu pai, a ideia de ter um filho tem rondado minha cabeça. Mexe um pouco com o ciclo da vida, o sentido de tudo”.
BRIGA NA JUSTIÇA COM O EX-EMPRESÁRIO
“Não é uma questão amorosa, definitivamente, que está em jogo. Não é uma questão homossexual. Fui ameaçado no meu patrimônio maior, a minha imagem. Mas é uma questão de trabalho, e precisa ser comprovado por A mais B onde foi parar meu dinheiro”.
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