Músico mineiro se apresenta nesta quarta-feira (8), às 21h, em Barão Geraldo.
Fonte: EP Campinas
Foi ouvindo as músicas do Clube da Esquina, movimento formado em Minas Gerais nos anos 1960 por compositores como Milton Nascimento, Beto Guedes, Lô Borges e Toninho Horta, que o violonista Elder Costa definiu qual seria a sua profissão. Nesta quarta-feira (8), ele relembra suas principais influências no show “Revendo o Clube da Esquina”, no Almanaque Café, em Barão Geraldo.
Em seu mais recente trabalho, o disco “Meus olhos duas sementes”, terceiro da carreira solo do músico, faz um resgate de suas raízes. “Meus dois primeiros álbuns têm uma linguagem mais pop. Nesse disco acústico revisito minhas principais influências, vindas do trabalho do Clube da Esquina e de outros compositores do Sul de Minas, com quem aprendi a gostar de música. Não que eu não goste do pop, mas a música mineira é mais refinada harmonicamente.”
O álbum foi lançado ano passado pelo selo Kalamata, de Campinas. O contato com a gravadora veio por intermédio do violeiro Ivan Vilela, amigo pessoal do músico e que atualmente tem o seu trabalho também distribuído pelo selo.
Natural de Pouso Alegre, Elder é formado em violão erudito e tem em Milton Nascimento, um de seus grandes ídolos, seu padrinho na música. “Foi ele que me incentivou a cantar quando decidi seguir carreira solo. Eu tocava guitarra numa banda e estava inseguro com a minha voz. Ele me encorajou”, conta.
O encontro com o compositor se deu em um bar em Três Pontas, durante uma visita de Nascimento à cidade onde cresceu. “Era época de Natal e eu estava tocando com meu parceiro quando ele chegou. Na ocasião, contei a ele que estávamos gravando 'Viola Violar' no nosso primeiro disco. Ele foi no show de lançamento que fizemos no Rio de Janeiro, no dia do seu aniversário, e depois ele nos convidou para almoçar. Ficamos amigos e ele acabou apadrinhando a banda.”
O músico que já tocou com Ana Carolina, Milton Nascimento e outros nomes notórios da MPB, prioriza a carreira solo, mas conta que ainda acompanha outros artistas como forma de viver de música e adquirir conhecimento. “É um trabalho enriquecedor porque você viaja muito, até para fora do País, e conhece outros músicos.”
Sobre o trabalho autoral, Elder acredita que conseguir espaço é um grande desafio. “Sempre corri muito atrás de divulgação do meu trabalho e tem os parceiros também, o selo, novos meios para poder divulgar o disco. É preciso muita luta, determinação, disciplina, tem muito ‘artista’ hoje em dia”.
No show desta quarta-feira (8), o músico revisita os clássicos do movimento acompanhado da banda formada por Otávio Gali (contrabaixo acústico), Omar (teclado), e Fabio Bergamini (bateria).
Outras informações sobre o trabalho do músico estão no site www.eldercosta.com.br
Serviço:
Elder Costa apresenta “Revendo o Clube da Esquina”
Quando: Quarta-feira (8), às 21h
Onde: Almanaque Café
Av. Albino José Barbosa de Oliveira, 1240, Barão Geraldo
Preço: R$ 20
Informações (19) 3249-0014
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